sábado, 2 de novembro de 2024

EXPOSIÇÃO "ADEREÇARIA CONGADEIRA", DE SÉRGIO RODRIGUES, NA SALA NUPPE - 14/10 a 13/11/24



          A secular Festa do Congado (ou Congada) de Uberlândia acontece nos meses de outubro, atravessando as ruas centrais da cidade com a batida grave de seus tambores, o tilintar metálico das gungas e patagongas, e o colorido intenso que caracteriza os grupos (ternos) de marinheiros, catupés, moçambiques e congos.
           Nos cortejos dançantes em louvação à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, destacam-se os adereços carregados de simbologias, ornados com flores, fitas, pedrarias e tecidos brilhantes, em feitios artesanais que se conectam às festividades da cultura popular brasileira.
       Na pesquisa acadêmica e visual de Sérgio Rodrigues, as Escolas de Samba e sua visualidade ganham ênfase. Atuante nos festejos carnavalescos da cidade, o artista lança seus olhares para o Congado, principal expressão popular de Uberlândia, interessado na diversidade de texturas, sobreposições e efeitos visuais dos adereços que integram a indumentária dos congadeiros e também os estandartes que identificam os ternos. 
          Através da fotografia, registra a materialidade pictórica de chapéus, mantos, coroas e brasões, que assumem múltiplos sentidos em seu contexto original. Recortados deste, estes elementos transbordam para novas possibilidades de leitura e apreciação estética.
         A exposição reúne fotografias realizadas ao longo de seis anos acompanhando os cortejos, onde os fiéis são identificados não pela sua face, mas pelas cores de seus trajes (que os conectam ao terno ao qual pertencem) e pelo design de seus ornamentos e acessórios, que podem ou não seguir o padrão de seu grupo. Assim, o conjunto de imagens nos permite também refletir sobre as relações de identidade e alteridade que marcam a vida social e estão refletidas também nas expressões culturais.  
(Outubro / 2024)


 



segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Lançamento da 2ª Edição do livro "Pintura: Pensamentos e Movências", do NUPPE.


A nova edição do Livro "Pintura: Pensamentos e Movências" foi realizada pela CRV editora, e pode ser adquirida em versão impressa ou digital.


 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

EXPOSIÇÃO COLETIVA NA SALA NUPPE: "PINTURA DE CÂMARA"




       A Exposição “Pinturas de Câmara” reúne um conjunto de pinturas, em pequenos formatos, realizada por artistas integrantes do Núcleo de Pesquisa em Pintura e Ensino - NUPPE / IARTE/UFU.

            Cada artista mostra, por meio de pequenos trabalhos, fragmentos de suas investigações poéticas, partindo das diferentes perspectivas do pensar a linguagem da pintura.

          São trabalhos intimistas que convidam o espectador a observar mais de perto detalhes sutis da matéria, formas e cores usadas nas composições.



 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

"POÉTICAS DA NATUREZA", de Darli Oliveira. Exposição Individual no ESPAÇO ITV Cultural


 POÉTICA DA NATUREZA


Poética da   Natureza é uma exposição da artista DARLI OLIVEIRA. Suas obras estão geralmente relacionadas à natureza.  Nelas vemos uma diversidade de elementos naturais tais como folhas, pequenos galhos de arvoredos, areia, pedras, além de vários outros materiais in natura. De forma eventual, a artista usa também alguns objetos industrializados.  No sentido poético, as obras possuem um diálogo direto com o tempo decorrido, a memória, o arquivo e a coleção.

 Não é muito afirmarmos que essa artista possui   um primoroso e ousado domínio da materialidade pictórica em diálogos com a pintura e objeto. As obras aqui expostas presentificam momentos de fortes embates com a matéria e momentos de repouso, serenidade e delicadeza.

terça-feira, 2 de julho de 2024

"AONDE EXISTE FLORES": Exposição Individual de Roberta Melo, na Sala NUPPE - Casa da Cultura de Uberlândia


 AONDE EXISTE FLORES

Roberta Melo

         “Aonde existe flores” é a retrospectiva de um recorte da produção artística de Roberta Melo em suas investigações no campo da pintura em interface com outras linguagens visuais. 
         Vemos, no conjunto apresentado, obras que transitam entre a bi e a tridimensão, nas quais a artista traz diferentes nuances do seu objeto de pesquisa nos últimos anos. Sua poética parte de inquietações sobre o feminino, que encontra no simbolismo das flores a sua via de expressão.

          A presentificação matérica e sua transitoriedade mediante sua manipulação ou mesmo à ação do tempo, a desconstrução e reconfiguração da forma, as possibilidades de cromatismos resultantes do velar e revelar de seus processos construtivos são recursos estéticos que a artista escolhe para problematizar a relação metafórica que aproxima as flores aos diferentes vieses do feminino, e através dos quais nos convida a um olhar aproximado para essas questões que permeiam o particular e o universal.

Sérgio Rodrigues