quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Exposição PAISAGEM IMAGINÁRIA, de Hélio Siqueira e Paulo Miranda, na Sala NUPPE da Casa da Cultura em Uberlândia.

 




EXPOSIÇÃO – “A PAISAGEM IMAGINÁRIA”

ARTISTAS – Hélio Siqueira e Paulo Miranda

ABERTURA – Dia 22 de fevereiro às 19h.

PERÍODO – De 23 de fevereiro a 01 de abril de 2024.

Exposição que reúne obras em pequenos e médios formatos dos artistas Hélio Siqueira e Paulo Miranda. A mostra traz como tema central a paisagem e seus deslocamentos através do exercício continuo no atelier.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

"Afro-silhuetas: Ações e Movimentos". Exposição individual de Flaviane Malaquias no Centro Municipal de Cultura de Uberlândia.


 

"Afro-silhuetas: Ações e Movimentos"

Flaviane Malaquias


          A produção artística de Flaviane Malaquias tem como temática a questão étnico-racial relacionada à sua origem afro-descendente. Dessa problemática central, seus trabalhos se desenvolvem a partir de sub-temas que atravessam a corporeidade negra: os atributos físicos do corpo negro / o corpo negro na cultura (desde às expressões tradicionais de matriz africana aos movimentos contemporâneos da causa racial). Na exposição Afro-silhuetas: Ações e Movimentos, a artista convida à reflexão e ao olhar mais apurado para o movimento presente em expressões da cultura como: Carnaval / Congado / Capoeira / , e rememora a presença de pessoas negras que foram expoentes da cultura da cidade, ressignificados em pinturas com uma estética própria de seu universo criativo. Estas expressões delineiam o que ela vem desenvolvendo como artista visual e pesquisadora do NUPPE - Núcleo de Pesquisa em Pintura e Ensino / UFU indo a campo investigar o corpo negro em diferentes contextos e suas várias possibilidades de ação, além da essência da gestualidade e movimento que são intrínsecos às manifestações afro-brasileiras, convertendo seu olhar em registros fotográficos posteriormente transformados em silhuetas feitas através de recortes em adesivo. Ações e movimentos estão também presentes em elementos compositivos como as cores e na materialização da técnica no ato gestual de compor pinturas caracterizadas pelo recortar /colar / sobrepor. 

🖼️ De 05 de fevereiro a 05 de abril 

📍Sala Expositiva da Diretoria de Igualdade Racial | Centro Municipal de Cultura.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

"VERMELHO BRASA. Ainda queimo". Exposição de Camila Moreira no MUnA.


 

Exposição "Vejo Flores em você", de Jane Côbo. Espaço ITV Cultural


 

Vejo flores em você

Jane Côbo

 

 Um diálogo vibrante de cores e sobreposições – Jane Côbo convida o olhar para a primavera inquieta de sua obra. Com uma produção que resgata o fazer artesanal, a artista se apropria da simbologia da flor como representação do feminino, evocando questionamentos e provocações que permeiam o seu fazer artístico.

No ritmo de cada obra, um ciclo: se faz a flor do feminino, da fertilidade, da maternidade. A exuberância cromática carrega estes símbolos que atravessam a experiência da artista, expondo a dialética da flor que nasce, floresce e poliniza; e das flores envasadas em composições que remetem à natureza morta – flores que eventualmente secam e murcham. Flor da vida e flor da morte. O efêmero que se solidifica na cadência da repetição em um transbordamento de cores e vida.

A beleza e vivacidade na obra de Côbo não se torna subterfúgio para suas inquietações sobre a mulher e seu espaço na sociedade – ao contrário, as denuncia. Cada composição é sensível ao provocar, seu processo criativo traz raízes que a conectam intrinsicamente aos fazeres criativos historicamente delegados às mulheres. O bordado, a costura, o stencil e gesso assim como a utilização das formas de doces, miçangas e moldes vazados dialogam de forma quase ancestral com a figura das bordadeiras, doceiras e costureiras, trazendo à luz a força de trabalho feminino em uma conversa que permeia o histórico e o contemporâneo.

            Ver – os floreios da artista abrem caminhos para contemplação; nos conecta com o fazer, do criar e do pensar na materialização da obra e, dessa forma, suas respostas às indagações de vida que lhe atravessam. O que se ausenta do figurativo humano na obra de Jane Côbo se faz presente em silhuetas: do corpo que se entrelaça à árvore e voa, em cada flor há matéria humana, matéria-mulher, que desabrocha no limiar do olhar.

 

 

Por Barbara Langoni