segunda-feira, 9 de junho de 2025

"NÃO TÃO LONGE DA PELE": EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE BARBARA LANGONI NA SALA NUPPE



 

"CIDADES OXIDADAS: DESDOBRAMENTOS": EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE ROSEMÁRIO SOUZA NO ESPAÇO ITV CULTURAL


Cidades Oxidadas: Desdobramentos

Os trabalhos presentes nessa mostra situam-se no âmbito da arte contemporânea e são construídos através de processos químicos e industriais severos, envolvendo ácidos, superfícies metálicas, cortes, dobras, lixas, riscos, perfurações - engendrando-se numa  tentativa de controle para resultar na exploração da materialidade pictórica como território expressivo. 

Cidades Oxidadas é um trabalho que evoca a temática urbana como objeto para versar sobre tempo, memória, transformação, desolação. Executadas com as texturas ferruginosas infligidas ao aço carbono, as imagens remetem a cidades corroídas, decadentes, inóspitas. A ausência de pessoas é notória, em paisagens urbanas quase claustrofóbicas; os tons marrom-amarelados e acinzentados predominantes potencializam uma aura de inércia e abandono. Apesar de tudo, há também um tom de resiliência: uma denúncia silenciosa, cujas entrelinhas carregam alguma esperança. 

Os desdobramentos dessa pesquisa, iniciada em 2016, passam por alguns momentos distintos, entre abordagens e formatos, até a fase mais recente, na qual ocorre uma desconstrução das imagens, com a perda da perspectiva e padronização dos elementos, levando a uma 'bidimensionalização' das imagens.

Esse trabalho foi produzido dentro  da linha de pesquisa Materialidade Pictórica do Núcleo de Pesquisa em Pintura e Ensino (NUPPE).


 

quinta-feira, 13 de março de 2025

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL DE ANINHA DUARTE: "PINTURAS: MATERIALIDADES, HIEROFANIAS", NA SALA NUPPE.

Confira a programação:


Cortar, ferir, cicatrizar, raspar, rasgar, transferir, queimar, provocar a matéria, são ações de embates   que orientam a criação das imagens pictóricas que compõem a mostra “Pinturas. Materialidades. Hierofanias”.
Essa mostra tem como intento explorar a materialidade pictórica por meio de procedimentos residuais da encáustica e o uso de transfer.  Nessa pesquisa, a matéria entra em vários processos de transformações, do líquido ao solido, do quente ao frio, do opaco ao translúcido, do velar ao revelar, da delicadeza à agressão, da harmonia à desarmonia, da submissão à rebeldia. 
 Os materiais usados nas composições são a parafina, cera de abelha, cinza, cal, gesso, imagens impressas e isopor. A cor é adquirida por meio da têmpera vinílica feita com pigmentos naturais. 
O objetivo poético é reflexionar sobre alguns sentidos  das memórias individual e coletiva, de representações/simulacros da dor, da morte e da fragilidade da vida. O recorte recai sobremaneira  sobre os signos e símbolos advindos do imaginário ex-votivo situado dentro da religiosidade cultural da fé católica “popular”.

Curadoria
Graça Teixeira e Aninha Duarte

 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

EXPOSIÇÃO "[IN]VOCAÇÃO", DE FLAVIANE MALAQUIAS, NO ITV CULTURAL


A exposição INvocação convida o espectador à reflexão das ações de agentes negros da cultura popular presente na cidade de Uberlândia que são representatividade na dança, na música e na capoeira. Do movimento do corpo à sonoridade dos instrumentos cada figura representada representa seu ser/estar no mundo e as transformações sociais que suas ações artísticas e culturais produzem no meio em que circundam. Representados estão os golpes de capoeira, a presença da rítmica dos instrumentos da capoeira, a dança afro-contemporânea, o hip hop, o tango e a música.

O termo INocação aqui se coloca como um trocadilho da vocação enquanto palavra que tem origem no latim “vocare”, que significa “chamar”, no sentido da essência e habilidade intrínseca à cada sujeito representado, bem como invocação pode assumir seus significados e conotações no sentido espiritual, emocional e de celebração no sentido de clamar.

As figuras representadas trazem em si conexões com o divino, por meio da ritualidade da capoeira e sua ancestralidade, e das forças presentes na memória de pessoas que já partiram, mas que deixaram, e ainda deixam, um legado de inspiração por meio da música e da dança.

Ao registrar essas figuras em silhuetas negras, a artista faz em suas criações invocação à memória dos sujeitos que carregam consigo a grandiosidade do saber ancestral conectando o mundo imaterial ao material, de forma a celebrar conquistas por eles produzidos no campo das artes e da cultura da cidade, e clamar para a continuidade de suas ações.

Flaviane Malaquias



 

EXPOSIÇÃO COLETIVA "AQUARELAS", NA SALA NUPPE.